"De manhã ele reavivou a fogueira e comeram e contemplaram a beira-mar. A aparência fria e chuvosa daquela costa não diferia muito das paisagens costeiras do mundo setentrional. Nenhuma gaivota, nenhuma ave marinha Artefactos carbonizados e absurdos dispersos ao longo da orla marítima ou a rolar nas ondas. Apanharam madeira trazida pelo mar e amontoaram-na e cobriram-na com o oleado e depois começaram a caminhar pela praia fora. Somos vagabundos das praias, disse ele. E o que é isso? São pessoas que andam pela praia, à procura de coisas de valor que o mar possa ter trazido. Que géneros de coisas? Todas as coisas possíveis e imaginárias . Tudo o que nos possa ser útil. Achas que vamos encontrar alguma coisa? Não sei. Vamos dar uma olhadela . Dar uma olhadela, disse o rapaz."
Cormac McCarthy, "A Estrada", Relógio d' Água
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