“O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever. Às quatro da madrugada, quando a promessa de um novo dia ainda vinha em terras de França, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao pasto a meia dúzia de porcas cuja fertilidade se alimentavam ele e a mulher. Viviam desta escassez os meus avós maternos, de pequena criação de porcos que, depois do desmame, eram vendidos aos vizinhos da aldeia.”
José Saramago, “ Discurso de Estocolmo”, 7 de Dezembro de 1998.
Sem comentários:
Enviar um comentário