“O medo era um homem a fugir da sua sombra. Era uma mulher de auscultadores, e o único som que ouvia era o do seu terror. O medo era o solipsista, narcisista, cego a tudo menos a si próprio. O medo era mais forte do que a ética, mais forte do que a razão, mais forte do que a responsabilidade, mais forte do que a civilização. O medo era um animal em fuga a espezinhar crianças enquanto fugia de si mesmo. O medo era um preconceituoso, um tirano, um cobarde, uma névoa vermelha, uma puta. O medo era uma bala apontada ao seu coração”.
Salman Rushdie, “Dois Anos, Oito Meses e Vinte e Oito Noites”, D.Quixote.
Sem comentários:
Enviar um comentário